(11) 4395-3263

Blog

Fases do luto e o processo de aceitação da perda.

Morte. Ela é inevitável. Sabemos desde cedo que irá chegar, porém não sabemos lidar com a fatalidade da humanidade. A dor do luto, então, é uma questão que nos toca desde nossa existência.

Mas, o que é luto? Podemos compreender o que significa luto como a tristeza profunda que sentimos pela morte de alguém. Tendo em vista o impacto emocional e psicológico nas nossas vidas, a sua compreensão passou a ser objeto de estudos de acadêmicos. As “fases do luto” ganharam destaque.

Modelo Kubler-Ross
O conceito mais disseminado é a dos 5 estágios do luto, concebido pela psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross. O modelo, originalmente parte do livro “Sobre a morte e morrer” de 1969, trata da relação de pacientes terminais com a morte.

Por conta disso, muitos profissionais questionam as ideias de Kubler-Ross e de 5 fases do luto, já que não trabalha sobre o conceito de luto em si. Entretanto, em 2004, a autora atualizou o modelo e lançou o livro “On Grief and Grieving: Finding the Meaning of Grief Through the Five Stages“. Nele, é possível perceber a manutenção dos estágios do luto, porém referentes, realmente, ao sentimento de tristeza pela morte de outra pessoa.

Kubler-Ross apresenta a negação, a raiva, a negociação, a depressão e a aceitação como etapas do luto. Vale ressaltar, entretanto, que elas não são paradas obrigatórias em alguma linha do tempo da tristeza. Não existe necessariamente uma ordem entre elas e nem todas as pessoas passam por todas as fases. A dor é única, assim como cada um de nós.

Então, conheça abaixo as 5 fases do luto:

Negação
Nada faz sentido. Ficamos entorpecidos e entramos num estado de choque. Não acreditamos que nunca mais veremos aquela pessoa novamente. Não parece real. Por isso, não queremos acreditar. Negamos.

A negação e o choque ajudam a lidar com o luto e tornam a sobrevivência possível. Elas criam uma barreira psíquica para que possamos lidar o tanto quanto conseguimos. Como lidar com o luto nesse estágio pode ser complicado, mas aceitar a realidade da perda é o primeiro passo para a cura.

Raiva
Parentes, amigos, médicos e até o próprio jazido. A indignação e a raiva da perda de um ente querido pode ser direcionada para qualquer pessoa. A raiva é, na verdade, a nossa dor interna. Nos sentimos abandonados por aquele que partiu.

A raiva aparece como um contraponto da negação. Saímos do “nulo” da perda para um sentimento – mesmo que agressivo. Sentir é fundamental para processar o acontecido. A raiva dá uma estrutura emocional temporária ao vazio existencial deixado pela morte.

Negociação
A culpa, geralmente, acompanha a fase da negociação. Começamos a pensar o que poderíamos ter feito de diferente para mudar o ocorrido. “Se tivéssemos ido ao médico antes…” ou “Se eu tivesse mais cuidado…” são alguns pensamentos que podem surgir. Queremos, nesse contexto, negociar possíveis mudanças e fazemos promessas – muitas vezes ligados ao plano religioso.

Nesse caso, fica claro como as fases do luto estão conectadas e que não são necessariamente lineares. A etapa da negociação, muitas vezes, está ligada diretamente com a negação, pois, por não aceitarmos bem essa perda, começamos a imaginar cenários hipotéticos.

Depressão
Nessa etapa, somos assolados pela tristeza. O reconhecimento da perda traz profundas consequências. Ficamos mais reflexivos e solitários. A melancolia toma conta dos dias e nos sentimos desconectados das pessoas.

Vale ressaltar que essa depressão por conta do luto não é a mesma da diagnosticada clinicamente. Sentir-se assim após a morte de um ente querido é normal e é preciso certo tempo para processar melhor os sentimentos.

Aceitação
A etapa da aceitação é muitas vezes confundida com a noção de “estar bem” com o que aconteceu. Entretanto, este estágio trata de aceitar a realidade de que aquele ente querido está fisicamente ausente. Compreender que essa nova realidade é a realidade permanente é difícil, porém essencial nesse processo.

Luto eterno não existe. Claro, podemos ficar tristes quando lembramos de uma pessoa próxima que partiu há muito tempo, isso é normal. Porém, o luto serve para reorganizarmos nossas emoções e lidar com o fato de que ela não voltará – e, tudo bem, isso faz parte da vida.

Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp
Share on telegram

Sempre estaremos acendendo uma luz de amor, de carinho, de lembrança, de gratidão, por tudo que eles significaram em nossas vidas.

Crematório Vila Alpina – Velar  © Todos os direitos Reservados

Call Now Button
×